A UEFA Champions League está de volta e arranca muito em breve. A primeira jornada está a caminho e promete muita emoção, surpresas e momentos para mais tarde recordar. Se tens dúvidas dos jogos a seguir, fica com uma sugestão.
Com um jogo por horário (17h45 e 20h, terça-feira, quarta-feira e quinta-feira), fica com as seis sugestões da primeira jornada. Um plano perfeito para a semana.
Arsenal FC
É o primeiro jogo desta edição da Champions League e um dos melhores duelos da primeira jornada. O Athletic tem um dos fatores casa mais importantes do futebol europeu e recebe um Arsenal que pretende ser candidato à vitória em maio.
A política de contratações basca é uma das mais interessantes da Europa, mas nem a limitação no mercado, torna o conjunto espanhol menos competitivo. Com nomes como Nico e Iñaki Williams no ataque, as promessas Mikel Jauregizar e Oihan Sancet (um pouco mais velho) no miolo, ou os nomes de Unai Simón e Dani Vivian mais atrás, a equipa de Ernesto Valverde é uma das possíveis surpresas desta época.
Do lado do Arsenal há, desde logo, uma presença basca muito forte e que regressará a "casa". Além do treinador Mikel Arteta, também Mikel Marino e Martín Zubimendi são do País Basco e o próprio Martin Odegaard jogou na Real Sociedad. Para lá dos espanhóis, há Viktor Gyokeres para ter debaixo de olho e a estreia de um dos candidatos para analisar ao pormenor.
Real Madrid
O Real Madrid é o papa Champions League e, depois de uma temporada em que não deu grande luta, quer voltar a fazer cumprir o estatuto, já com Xabi Alonso no comando. Pela frente, começa a campanha diante do Marselha de Roberto De Zerbi, uma equipa capaz do melhor e do pior e que pode tentar uma gracinha.
Xabi Alonso quer reestruturar os merengues e ainda procura o melhor encaixe no plantel para as várias peças. Há muitos nomes no ataque à procura de valorização (Kylian Mbappé, Vinícius Júnior, Rodrygo), novas caras a brilhar como Arda Guler, Dean Huijsen e Álvaro Carreras e uma urgência em encontrar equilíbrio coletivo em cima da mesa.
A instabilidade do Marselha como clube também está representada em campo. O modelo de jogo ousado e arriscado de Roberto De Zerbi não muda consoante o adversário e a equipa francesa quererá brincar com uma pressão algo desorganizada do Real Madrid. É o ingrediente perfeito para uma noite europeia.
Pafos FC
Nada melhor do que uma estreia para abrir a quarta-feira de Champions League. Não se trata de um dérbi, mas a proximidade cultural e geográfica de Grécia e Chipre faz adivinhar um duelo interessante entre Olympiacos e Pafos em Atenas.
O Olympiacos já venceu recentemente a Conference League e, com o investimento de Evangelos Marinakis, procura uma hegemonia helénica e competitividade europeia. Além das novas caras da geração grega (Christos Mouzakitis, Konstantinos Tzolakis), jogam no clube os portugueses Costinha, Rúben Vezo, Diogo Nascimento, Chiquinho, Gelson Martins e Daniel Podence além dos bem conhecidos Bruno Onyemaechi, Mehdi Taremi e Roman Yaremchuk.
O Pafos é um dos estreantes na prova. A equipa cipriota apostou na modernização do clube, na integração de scouting estrangeiro e de ferramentas tecnológicas e está a colher os frutos. Parte como completo underdog na prova e tem nomes conhecidos no plantel. Além dos portugueses Alexandre Brito, Pepê e Domingos Quina, há uma vasta presença da Primeira Liga em nomes como João Correia, David Luiz (esse mesmo), Bruno Langa, Anderson Silva ou Jajá.
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Cheira a 2012. Bayern Munique e Chelsea reencontram-se na cidade alemã mais de 10 anos depois e sem os protagonistas que marcaram o jogo. Não há Thomas Muller, o último resistente dos 11, e muito menos Didier Drogba. A única semelhança será a careca de Enzo Maresca, semelhante à de Roberto Di Matteo.
O Bayern Munique tem ainda mais ameaças na frente e vive num estágio superior do projeto de Vincent Kompany. Ganhou organização defensiva, embora ainda com problemas na transição, e tem armas e recursos para ferir no ataque. Harry Kane ainda procura o primeiro título europeu.
O Chelsea venceu o Mundial de Clubes e é uma das apostas mais sólidas para surpresa na Premier League e na Champions League. Depois de milhões e milhões de euros, há uma base sólida a explorar, uma das duplas mais interessantes de médios e poder de fogo com os reforços. Depois do passeio na Conference League, os tubarões apresentam mais desafios.
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O futebol nórdico está numa fase de crescimento e popularização assombrosa e este jogo traduz todo o potencial dinamarquês. De um lado uma equipa da Dinamarca, do outro uma treinada pelo antigo selecionador da Dinamarca (e também ele dinamarquês).
O fator casa pode ser importante para o Copenhaga fazer uma gracinha. É, quase sempre, uma equipa capaz de provocar dificuldades no adversário pela fisicalidade, agressividade nos duelos e capacidade de explorar espaços na frente. O ataque está reforçado pela eterna promessa Youssoufa Moukoko e os adeptos do Gil Vicente lembrar-se-ão certamente de Gabriel Pereira na defesa.
Do outro lado, está uma das equipas mais indefinidas desta edição da Champions e de toda a temporada europeia. Depois do título e do sucesso com Xabi Alonso, a transição saiu errada e Erik ten Hag foi despedido ao fim de três jogos. A base da equipa desapareceu e Kasper Hjulmand procura reerguer os farmacêuticos. Infelizmente, não tem qualquer Benur-on milagroso.
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Se há regressos que marcam, poucos são mais simbólicos que o de Kevin De Bruyne ao Ettihad Stadium. É o mais simbólico dos jogadores da era dourada do Manchester City e, depois de uma época insuficiente, acabou por se mudar para Itália, o eterno paraíso para os médios com toque de bola.
Entre as lesões e uma transição complicada de estilo de jogo, com reforços e uma nova identidade a pairar sobre Manchester, os cityzens ainda procuram o encaixe ideal. Pep Guardiola continua a trabalhar para voltar a levar o Manchester City a um patamar superior e quer arrancar a Champions League por cima para evitar um aperto como na última época.
Pela frente, terá o campeão italiano. Antonio Conte tem uma relação complicada com provas europeias, sendo um especialista nos pontos corridos (principalmente em épocas limpas). Além de Kevin De Bruyne, também Scott McTominay regressa a Manchester e só não é maior a panóplia de regressos porque Romelu Lukaku se lesionou. A época napolitana é uma das expectativas para 2025/26.