Após a vitória arrasadora por 3 a 0 do Chelsea FC sobre o Paris Saint-Germain em 13 de julho, em Nova York-Nova Jersey, Enzo Fernández se consagrou como o único jogador que detém atualmente os dois títulos mundiais em vigor. Além da conquista da Copa do Mundo FIFA Qatar 2022™ com a seleção argentina, ele conquistou neste domingo o título do Mundial de Clubes da FIFA 2025™, vencido com a equipe inglesa.
Dessa forma, a partir de agora e até a Copa do Mundo da FIFA 26™, o co-capitão do Chelsea (que dividiu a braçadeira de capitão da equipe com outros jogadores) será o único jogador que entrará em campo em todas as partidas ostentando os dois patches de campeão do mundo, seja com a camisa da Argentina ou com a dos Blues.
O Mundial de Enzo Fernández foi impecável: ele participou dos sete jogos do Chelsea, fez um gol logo na estreia (contra o Los Angeles FC) e distribuiu três assistências. A única partida em que não começou como titular foi justamente a primeira, enquanto ainda buscava recuperar a melhor forma física: entrou no intervalo contra os norte-americanos e marcou o segundo gol da vitória por 2 a 0 sobre o LAFC.
Nos seis jogos seguintes, Fernández foi titular e peça-chave no time comandado por Enzo Maresca. Inclusive, ele foi o capitão dos Blues em três desses confrontos. Deu duas assistências contra o Espérance, na fase de grupos, e mais um passe decisivo na semifinal diante do brasileiro Fluminense FC. Já na final contra o PSG, exausto fisicamente, o argentino sentiu dores e pediu para ser substituído aos 16 minutos do segundo tempo.
“Eu me emocionei porque é algo muito bonito no nível pessoal, fiquei emocionado e chorei”, disse Fernández após conquistar seu segundo título mundial, um pela seleção e outro pelo clube.
Além dele, outros 12 jogadores campeões com a Argentina no Qatar 2022 também disputaram o Mundial de Clubes e sonhavam com a dobradinha, mas acabaram ficando pelo caminho. Quatro deles chegaram até as oitavas de final.
Lionel Messi, estrela do Inter Miami CF, também deixou sua marca no Mundial. Um golaço de falta garantiu a vitória por 2 a 1 sobre o FC Porto – a primeira (e até agora única) vitória de um clube da Concacaf sobre um europeu. Já nas oitavas, uma goleada aplicada pelo PSG acabou com o sonho do capitão da seleção argentina.
Nicolás Otamendi e Ángel Di María, do SL Benfica, também chegaram às oitavas, mas perderam para o Chelsea de Enzo Fernández por 4 a 1 na prorrogação. Di María foi um dos goleadores do torneio, com quatro gols (todos de pênalti), mas o prêmio de artilheiro ficou com Gonzalo García, do Real Madrid CF, que também fez quatro gols, mas levou vantagem no desempate por ter uma assistência. Otamendi, por sua vez, balançou as redes contra o Boca.
Lautaro Martínez foi outro argentino nas oitavas de final. Capitão da FC Internazionale de Milão, o atacante manteve sua veia goleadora: fez dois gols (um contra o CF Monterrey e outro diante do Urawa Red Diamonds, ambos na fase de grupos) antes da eliminação do time italiano contra o Fluminense.
Já o CA River Plate e o Atlético de Madrid chegaram aos EUA com o maior número de campeões mundiais: quatro em cada elenco – no caso dos espanhóis, a lista incluía Antoine Griezmann e Thomas Lemar, campeões com a França na Copa do Mundo FIFA Rússia 2018™. Mesmo assim, as duas equipes não passaram da fase de grupos.
O River Plate, que contou com os defensores Gonzalo Montiel, Germán Pezzella e Marcos Acuña, além do goleiro Franco Armani, terminou em terceiro no grupo E, atrás de Internazionale e Monterrey. O time argentino venceu o Urawa Reds, empatou com os mexicanos e perdeu para os italianos, resultados que o deixaram fora das oitavas.
O Atlético de Madrid, com o lateral Nahuel Molina, o meio-campista Rodrigo De Paul e os atacantes Julián Álvarez e Ángel Correa, também não avançou, embora tenha somado duas vitórias na primeira fase, contra Botafogo e Seattle Sounders FC. A goleada por 4 a 0 para o PSG, no entanto, foi determinante para a eliminação.