Para além dos prestigiados confrontos entre potências europeias, as meias-finais do Mundial de Clubes de 2025 oferecem uma sensação especial de reencontro. Entre Chelsea e Thiago Silva, ou Kylian Mbappé e PSG, a emoção está ao rubro na reta final do torneio.
A cada poucos anos, o desporto oferece-nos cenas dignas dos melhores filmes. A meia-final entre Fluminense e Chelsea, esta terça-feira à noite, no MetLife Stadium, é, sem dúvida, uma delas.
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Aos 40 anos, Thiago Silva prepara-se para desafiar um dos clubes que o elevaram a um estatuto de lenda: o Chelsea. Como capitão do Fluminense, o defesa brasileiro regressa a uma equipa e aos adeptos com os quais partilhou quatro épocas emocionantes, mais de 150 jogos e três grandes troféus: a Liga dos Campeões, a Supertaça Europeia e o Mundial de Clubes de 2021.
"O Chelsea significa muito para mim. Vim durante um ano, estive quatro anos... Uma vez Azul, sempre Azul", confidenciou na altura da sua saída.
Silva, que regressou ao Brasil para terminar a carreira no seu clube de formação, continua a escrever a sua história. Vencedor do Inter de Milão (2-0) nos oitavos de final e do Al-Hilal (2-1) nos quartos de final, personifica a alma do Fluminense neste torneio. Apesar da idade, continua a ser um modelo de liderança, consciência posicional e compostura. E mesmo que o seu ritmo tenha diminuído, a sua inteligência de jogo mais do que compensa.
Enfrenta o Chelsea pela primeira vez desde a sua saída, com a ambição de levar a sua equipa a uma final contra o Real Madrid ou o PSG. Ironicamente, Liam Delap, uma das principais armas de ataque dos Blues, está suspenso. Uma bênção para o veterano brasileiro, que continua a impressionar pela sua resiliência e sede de vitória.
A outra meia-final é igualmente simbólica: o Real Madrid de Kylian Mbappé defronta o Paris Saint-Germain, poucos meses depois do final da tumultuosa aventura entre o jogador e o seu antigo clube.
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Mbappé, que decidiu deixar o PSG no final do contrato, rapidamente se afirmou no plantel do Real Madrid. Embora ainda não esteja 100% recuperado depois de ter lutado contra um vírus, o seu golo contra o Borussia Dortmund nos quartos de final garantiu a qualificação e destacou o seu impacto em momentos cruciais.
Para o PSG, a aposta é alta: derrotar um dos melhores jogadores da sua história, que nunca conseguiu levar o clube a um título da Liga dos Campeões. Uma vitória frente ao Real Madrid de Mbappé seria um símbolo poderoso para o clube da capital, agora comandado por Ousmane Dembélé, Vitinha e os jovens Désiré Doué e Bradley Barcola.
Para além destas histórias individuais, as meias-finais apresentam dois duelos de altíssimo nível: Fluminense x Chelsea de um lado, PSG x Real Madrid do outro. Estes confrontos também ressoam como choques de estilo: entre o realismo do Real Madrid e a visão renovada do PSG, entre a força coletiva dos Blues e a paixão brasileira do Fluminense.
Mas o que torna esta edição de 2025 tão especial é a dimensão humana do torneio. Entre a homenagem a Diogo Jota e ao seu irmão André Silva, os gestos poderosos dos jogadores portugueses e estes confrontos que parecem um reencontro, este Mundial de Clubes ultrapassa a esfera puramente desportiva.
Para acompanhares estas meias-finais históricas, a DAZN está a oferecer uma transmissão gratuita e completa do torneio. As partidas podem ser vistas em direto em Portugal na app da DAZN, acompanhadas de conteúdos exclusivos nas redes sociais.