O Nottingham Forest sofreu no City Ground um 3-0 frente ao West Ham que entra diretamente para as estatísticas: é a derrota caseira mais pesada de Nuno Espírito Santo na Premier League desde o Tottenham 0–3 Manchester United de 30 de outubro de 2021, noite que precipitou a sua saída do clube londrino.
Desta vez, o colapso chegou tarde: Bowen (84’) abriu, Paquetá de penálti (88’) ampliou e Callum Wilson (90’+1) fechou, todos nos derradeiros minutos, deixando o Forest sem reação.
Durante 80 minutos, o Forest foi quem mais teve a bola (58% de posse) e chegou a construir nove remates, mas faltou clareza no último terço. O West Ham aguentou e matou a partida em transições e bolas paradas no final:
0–1, 84’ — Jarrod Bowen: remate seco da meia‑lua após recuperação alta.
0–2, 88’ — Lucas Paquetá (pen.): falta sobre Crysencio Summerville revisitada e confirmada; o brasileiro converteu.
0–3, 90’+1 — Callum Wilson: presença de área a selar o resultado.
A derrota por 3-0 no City Ground frente ao West Ham agrava a pressão sobre Nuno Espírito Santo porque junta um resultado pesado ao ruído institucional que já vinha da última semana: publicamente, o treinador admitiu que a relação com Evangelos Marinakis “já não é a mesma” e que “onde há fumo, há fogo”, e estava já prevista uma conversa de fundo com o proprietário durante a pausa internacional para clarificar o futuro e a cadeia de decisão no futebol, uma reunião que, com este desaire, ganha caráter de urgência.
Em termos de jogo, o colapso nos minutos finais (golos de Bowen aos 84’, Paquetá de penálti aos 88’ e Callum Wilson aos 90’+1) acentua fragilidades que o próprio técnico tinha identificado, e oferece munição a quem, no clube, defende um “reset” imediato.
Ainda assim, dois factos travam a ideia de um despedimento já: desportivamente, o Forest sai da terceira jornada com 4 pontos em 3 jogos, longe de um cenário de crise pontual; politicamente, havia um plano declarado para conversar na paragem e, até há poucos dias, tanto Nuno como Marinakis procuraram desdramatizar a rutura e marcar encontro para “limpar o ar”.