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Renato Gaúcho: Fluminense ajudou a resgatar respeito por futebol brasileiro

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Os sonhos mais loucos da torcida tricolor têm se tornado realidade: o Fluminense FC está na semifinal do Mundial de Clubes da FIFA 2025™. Como o treinador Renato Gaúcho diz, poucos acreditavam que eles chegariam tão longe – ele próprio gosta de se referir ao time como “Patinho Feio” do torneio, um apelido carinhoso e simbólico pelo fato de ter menos poder financeiro que os outros semifinalistas. É uma fábula do futebol.

O jogo contra o Chelsea FC na terça-feira, 8 de julho, no Estádio MetLife, definirá se o Fluminense disputará a grande final em Nova York-Nova Jersey no dia 13. No entanto, uma verdade é absoluta e incontestável: o Tricolor das Laranjeiras já fez história. Em entrevista à FIFA, Renato disse que a campanha de seu elenco e dos outros três clubes brasileiros ajudou a resgatar o respeito global pelo futebol que se pratica no país.


FIFA: Agora, só restam três clubes europeus e o Fluminense. Vocês já provaram que é possível vencê-los. O que mais te orgulha nessa campanha?

Renato: Muita gente não acreditava na gente, e hoje nós somos semifinalistas. Hoje, o Fluminense está entre os quatro melhores times do mundo. Eu sempre falo para eles que a gente não pode deixar para amanhã o que pode fazer hoje, porque não sabe quando vai ter outra oportunidade igual a essa. Então a gente precisa fazer história – e está fazendo história. Mas a gente não quer parar por aqui, não. Com todo o respeito ao Chelsea. Vamos entregar tudo na parte psicológica, física, técnica, tática... é hora de se doar, porque muita gente não acreditava, e hoje nós somos semifinalistas.

Você já consegue sonhar com o título?

A gente tem de continuar sonhando, mas degrau a degrau. Foi assim desde que chegamos aqui. Nós queremos ser campeões, mas a gente sabe o quanto é difícil. O objetivo do Chelsea é o mesmo que o nosso, passar para a final. Nós vamos medir forças com eles, com todo o respeito. E aí, sim, a gente poderia começar a pensar em título.

Quando você chegou ao Fluminense em abril e começou os preparativos para o Mundial, já achava que seria possível chegar tão longe?

Eu sempre confiei no meu grupo, mas a gente foi descobrindo durante o Mundial. Porque é difícil competir com os clubes europeus financeiramente. Isso não faz com que sejam 100% vencedores, o futebol é decidido dentro das quatro linhas, mas quando você forma um grupo forte, um time bom, com jogadores de seleções, as suas possibilidades de vencer são maiores. Mas a gente provou que mesmo sendo ‘Patinho Feio’, como costumo falar, o que vale são as atitudes em campo. Desde que nós chegamos aos EUA, eu falei para eles: ‘a gente não veio aqui para passear’. Vamos respeitar todo mundo, a gente sabe o quanto é difícil, mas nós temos de acreditar na gente. Eu tenho trabalhado essa parte psicológica na cabeça deles. A gente está aqui e precisa se entregar, precisa competir. Em campo, são 11 contra 11. As possibilidades dos europeus são maiores, mas o que vale são as atitudes em campo, e essa entrega está sobrando no meu grupo. É nisso que eu levo fé. Vamos continuar acreditando e fazendo história.

Thiago Silva é ídolo de três dos quatro semifinalistas do Mundial. A experiência dele pesa muito nesta campanha histórica do Fluminense?

Sim, sem dúvida alguma. É um cara que já disputou várias edições de Copa do Mundo da FIFA™ e passou vários anos na Europa, nos grandes clubes. É um monstro. Tem uma experiência enorme, é um treinador dentro do campo. Taticamente, ele conduz os companheiros e opina sobre esses grandes adversários porque já os enfrentou. Por tudo o que vem jogando, apesar da idade [40 anos], Thiago Silva poderia ainda disputar a Copa do Mundo da FIFA 26™.

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Vamos falar do Fábio, outro veterano que vem fazendo um grande torneio. Quando você se aposentou dos gramados, em 1999, ele estava no segundo ano como profissional – vocês poderiam até ter se enfrentado. E ele já salvou o Fluminense tantas vezes, não é?

Cara, ele é sensacional em todos os sentidos. É trabalhador, um grande profissional, um dos líderes do grupo. Fábio tem nos salvado em muitos jogos em grandes defesas. É um cara fundamental que transmite uma tranquilidade muito grande. Ele é um dos alicerces do nosso time.

E, no ataque, o que dizer de Jhon Arias?

A cada jogo, ele tem adquirido uma confiança maior, tem recebido elogios merecidamente e com isso cresce nas partidas – porque ele assume uma responsabilidade ainda maior. Está fazendo um grande Mundial. É um jogador que preocupa sempre os adversários.

Como você descreveria o treinador Renato?

Eu procuro passar toda a minha experiência de jogador para os meus jogadores. Trabalho bastante a parte tática, mas tento não ser o tipo de treinador que decide as coisas sozinho. É lógico que a última palavra é sempre minha, mas busco conversar com os líderes do grupo. Eu gosto de escutar. Gosto de trocar ideias com eles. Quando eles compram a ideia do esquema junto com o treinador, pode ter certeza de que os jogadores se entregam mais em campo. Essa liberdade é fundamental. Eu gosto que os jogadores se sintam à vontade e valorizados, entendeu? Para trocar ideias comigo.

Qual mensagem essa campanha do Fluminense deixa para o mundo?

Com dinheiro você faz grandes plantéis e aumenta as chances de ganhar uma competição. Mas o que vale são as atitudes em campo, a entrega dos jogadores e o diálogo do treinador com o elenco. Mas acho que a maior mensagem que o Fluminense está deixando é para continuarem respeitando – ou voltarem a respeitar – o futebol brasileiro. Pelo que o Fluminense vem fazendo no Mundial, e também Botafogo, CR Flamengo e SE Palmeiras, nós resgatamos os olhares do mundo para o futebol brasileiro com confiança.

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