Com os rumores sobre o futuro de Max Verstappen a crescerem de semana para semana, a Red Bull já está a preparar o cenário para uma eventual saída do seu tetracampeão do mundo em 2026.
Christian Horner admitiu esta semana que a equipa está “a construir o futuro”, mesmo que esse futuro não conte com Verstappen. "Max é uma parte fundamental da equipa e tem-no sido durante praticamente 10 anos", afirmou Horner. "A intenção é manter isso. Mas um dia, seja no ano seguinte ou no ano seguinte, haverá um dia em que não haverá mais Max".
O líder da Red Bull acabou por deixar o futuro da equipa austríaca e do piloto neerlandês indefinido: "A equipa tem sempre de continuar a olhar e a investir no futuro. Esperemos que isso [a saída de Max] não aconteça nos próximos anos, mas nunca se sabe"
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Muitos são os nomes que estão a ser ponderados na imprensa como possíveis substitutos do tetracampeão do mundo de Fórmula 1, sendo que um deles seria até visto com bons olhos pelo próprio Christian Horner.
Horner já apontou publicamente Oscar Piastri, atual líder do campeonato de 2025 pela McLaren, como o “candidato número um” caso Verstappen decida sair. O jovem australiano, que tem como agente Mark Webber, antigo piloto da Red Bull, encaixa no perfil pretendido: jovem, sereno e com talento de campeão.
Apesar do contrato de longa duração com a McLaren, o seu desempenho tem despertado o interesse dos austríacos, mas a quebra contratual do australiano é um fator monetário a ter em conta.
Mercedes
George Russell é outra opção para Horner. O inglês é o piloto que Verstappen poderá vir a substituir na Mercedes e, neste caso, a ironia seria imensa. O menino da Mercedes, preparado por Toto Wolff durante anos, poderá ser o sacrificado para abrir lugar ao seu grande rival e ter de ficar com o lugar de Max na Red Bull. A relação entre Verstappen e Russell nunca foi propriamente amigável.
Desde os tempos em que disputavam posições em categorias de base, até aos toques e discussões na Fórmula 1 — como aconteceu em Baku e Interlagos — Verstappen e Russell nunca esconderam o respeito tenso que os une. Colocar Russell na Red Bull como sucessor de Max seria algo que teria tanto de simbólico como de estratégico: seria absorver o núcleo da rival.
Red Bull Content Pool
Por fim, há que falar nas hipóteses que a Red Bull tem dentro de portas. É certo que tanto Lawson como Tsunoda foram, até ao momento, apostas falhadas no segundo monolugar da equipa, mas há talento na Academia Red Bull tem surpreendido e pode ser tido em conta pela estrutura da equipa de Milton Keynes.
O rookie da Racing Bulls tem mais 21 pontos no campeonato, apenas menos um do que Liam Lawson e Yuki Tsunoda juntos (12 para o neozelandês e 10 para o nipónico), o que lhe dá um lugar de destaque nesta possível corrida pelo assento de Max.
A outra opção interna passa por Arvid Linblad. O piloto da Academia Red Bull, tem impressionado na Fórmula 2 e está neste momento em Silverstone onde, com apenas 17 anos, impressionou tudo e todos ao fazer voltas apenas meio segundo mais lentas do que Verstappen na primeira sessão de treinos. O piloto inglês foi mesmo elogiado por Horner, que se mostrou agradado com o desempenho de Lindblad, destacando o seu talento e a sua compostura na mítica pista britânica.